sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A dor que cria


Existe uma parte bonita de mim que surge nos momentos mais difíceis, mais tristes. É como se em meio a escuridão uma luzinha teimosa dançasse só para me fazer sorrir. E eu me juntando a ela, danço também. Danço conforme a música e até encontrar meu lugar.

Existe nessa parte algo otimista, que me eleva e revela uma estranha beleza nas coisas. E quando tudo está calmo e bem, ela se esconde em algum lugar. 
Que vontade de saber onde é esse refúgio, que vontade de poder encontrar com ela quando sentir saudades!

Será tímida e se esconde ao ruído alto das risadas, da música das festas, do tilintar das taças? Por que só se revela com o meu sofrimento?
Pode ser um aviso. Pode ser um lembrete. Pode ser um calmante para a alma. Não faço ideia.

Acredito que essa parte independe da minha vontade e entendimento. Coexistimos pacificamente, hoje não tão pacificamente... 
Quero-a ao meu alcance, poder olhar para ela e dizer: "Fica mais um pouco. Conversa comigo. Quero aprender mais com você..."

Nossa! Esqueci que essa parte também sou eu! Que bobagem a minha...