quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Duo

Passeio entre os meus estados de crença.

Como pode alguém tão cheio de esperança e certeza, mergulhar em poucos instantes, no mar sombrio da dúvida?
Como posso manter a fé inabalável naquilo que não vejo como realmente é?

Passados os dias, navego entre certezas e incertezas, alegria e tristeza, disposição e desânimo. Com a única convicção que ainda me resta: ESTOU VIVA! Sei disso porque viver dói...

Eu posso mudar quantas vezes eu quiser as minhas cores, sabores, perfumes, texturas. Eu posso ser muitas. Posso acreditar em tudo. Posso partir deste mundo num fechar de olhos e viajar por tantos outros, que minha imaginação permitir. Posso conhecer o caminho e redescobrí-lo num novo jeito de olhar.

Porque o que me importa são os sentimentos que experimento e guardo com as memórias, dentro de mim. São eles que me fazem grande, luminosa e consciente de mim. Mesmo que ninguém veja.

Essa Luz vem de algum lugar aqui dentro ou lá no alto, simplesmente permito que ela venha até mim.
Em breve, quem sabe, eu possa ser mais, ser completamente diferente - como todo mundo é.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Minha Defesa




Resolvi pensar nas razões, argumentos para convencê-lo a me escolher entre as outras mulheres da Terra. A princípio, pensei em denegrir a imagem das outras para me diferenciar. Quanta tolice!
 Não, esse não é o caminho. Esse argumento nem a mim convence, pois não é verdade.

Se todos somos diferentes, se todos possuímos algo que nos torna especiais e únicos, como posso eu querer ser melhor que alguém? Não sou. Sou comum, simples, de beleza média e tenho "aquilo" que me distingue, mas não me torna melhor, nem pior que alguém. "Somos todos iguais em nossas diferenças".

Então, por que eu? 
Só consegui imaginar uma resposta, a melhor, a mais justa e digna, a única que realmente me importa: POR AMOR... O Amor é a razão e força capaz de superar todas as diferenças, de tornar mais belo aquele que amamos.

É isto! Se for me escolher, que seja por amor... Assim me basta.